quinta-feira, 19 de março de 2015

ADORAS IRRITAR-ME!

Irritas-me! Ai como me irritas! E aquilo que mais me deixa fora de mim é já teres descoberto na perfeição como o fazer! Sinto-me nua e manipulada quando percebo que dizes alguma coisa para me ver perder as estribeiras! Adoras ver-me perder as estribeiras por coisas sem sentido! Adoras tentar fazer-me dar-te razão quando jogas para o ar a ideia de que estou apaixonada por ti. Não entendes que isso é precoce e ridículo? A tua voz inquieta-me a alma, mas o teu sussurro ainda não me deixa o coração aos pulos nem faz as pernas quebrar. As tuas mãos arrepiam-me, mas ainda não me fazem sentir segura. O teu peito adormece-me, mas ainda não me deixa sonhar. O teu beijo é perfeito, tem música e deixa-me a suspirar por mais e era capaz de estar o dia todo a beijar-te, mas não chega. Ainda.
Percebe que agarras-te a minha mão no tempo certo, e que por isso sou-te eternamente grata. Estás a ver quando dizes que sou fofinha por isto ou por aquilo? Agora imagina se isso se tivesse apagado e ninguém mais pudesse ter isso de mim. Perdias tu, perdia eu. Perdíamos todos.
Mas isso não aconteceu. Por tua causa isso não aconteceu. E por tua causa temos todo o tempo do mundo. Tu e eu. Nem que seja para todos os dias me irritares, mas temos todo o tempo do mundo. Tu e eu. E isso é perfeito por agora, não achas?


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